Chiquinho, muito mais que um livreiro – por Leides B. A. Moura
Chiquinho, você é poema, ternura e cuidado.
Precarizado numa estrutura burocratizada em gesso.
Luta de uma vida,
da desigualdade das cidades,
da universidade.
Pauta caduca,
e sua capacidade
em meio às iniquidades
da maquete projetada.
Ensinou e capacitou
com a vida e a lida.
Revelado, o não lugar desvela-se
lugar de pertencimento.
Na Universidade de Brasília,
privilégio de candango construtor da cidade
bucólica (sic) ativação de memórias.
Lutou e fez história,
construiu laços de afetos,
sob ameaça de despejo.
Basta pedir perdão pelas múltiplas ausências e indiferenças?
A você, amigo livreiro e professor conselheiro
A você, aluno discreto e pesquisador inquieto
A você, cidadão presente e encantador de gente
a minha, a nossa gratidão, regada com pedido de perdão!